sexta-feira, 15 de março de 2013

Incontinência Urinária - Avanços no tratamento melhoram a qualidade de vida das pessoas


Novas tecnologias permitem colocação mais fácil e rápida de sling para contenção da urina em mulheres, com apenas uma incisão

Constrangimentos, pouca qualidade de vida, reclusão social, problemas na vida sexual e, às vezes, até depressão. Essas são as consequências de um problema bastante comum no Brasil e no mundo. A perda involuntária de urina atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, algo como 5% da população. A boa notícia é que o avanço no tratamento do sintoma tem melhorado a vida das pessoas afetadas pelo problema, com tecnologias capazes de resolver a incontinência de forma minimamente invasiva, com rápida recuperação e baixo risco.

“A população em geral acredita que incontinência urinária é doença de idoso e que isso faz parte, naturalmente, do envelhecimento. É um conceito errado. Deve ser esclarecido que incontinência urinária não é normal em nenhuma idade e que o tratamento deve ser adequadamente conduzido”, afirma o urologista Carlos Sacomani, Doutor em Urologia pela Universidade de São Paulo e responsável pelo Ambulatório de Disfunções Miccionais do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo.

Incontinência Urinária Feminina
O tipo mais comum é a Incontinência Urinária de Esforço (I.U.E.), caracterizada pela perda de urina ao rir, tossir ou em qualquer movimento ou esforço. A I.U.E. atinge exclusivamente mulheres e pode ocorrer por fraqueza do esfíncter e do assoalho pélvico, além de múltiplos partos ou queda do hormônio feminino após a menopausa.

Atualmente, um dos tratamentos mais eficazes e seguros é a implantação de um sling, uma fita sintética colocada para sustentar a uretra, que restabelece os ligamentos e evita a perda de urina. “Os slings são bastante efetivos em mulheres com I.U.E. Recentemente, foram desenvolvidos “slings” de implantação mais fácil”, explica Sacomani. Os slings mais modernos utilizam procedimento minimamente invasivo, com tecnologia que garante a fixação e precisão na colocação da fita, com materiais próprios para garantir suporte e proteção do corpo.

Outra inovação são slings menores e com aplicação mais rápida, como o recém-lançado Miniarc Precise, da American Medical Systems, implantado por meio de uma única incisão na vagina e com dispositivo de precisão. Os “slings” são efetivos em 70 a 90% dos casos. A recuperação, em geral, é rápida e a paciente volta às atividades normais em poucos dias.

Outra causa da incontinência urinária é a bexiga hiperativa, quando o músculo da bexiga se contrai involuntariamente, sem relação com a vontade de urinar. A bexiga hiperativa é tratada com medicamentos e fisioterapia, além de uso de toxina botulínica e neuromoduladores, que funcionam como um marcapasso da bexiga.

Incontinência Urinária Masculina
Para homens, a incontinência urinária está relacionada a procedimentos cirúrgicos na próstata, que podem afetar o funcionamento do esfíncter. Neste caso, quando a estrutura que controla o ato de urinar está comprometida, a solução mais eficaz em casos graves é a utilização de um esfíncter artificial. “O esfíncter artificial é um recurso muito usado nesses casos há pelo menos 20 anos no Brasil”, explica o especialista. A tecnologia substitui o mecanismo natural de continência por meio de uma prótese, que é acionada pelo próprio homem quando tem vontade de urinar, fechando assim que a bexiga se esvazia.

Tratamento para a Incontinência Urinária

Homens
Mulheres
Após retirada de próstata
- “Slings” uretrais
- Cirurgia para implantação de esfíncter artificial





Incontinência Urinária de Esforço
- “Slings” urertrais

Bexiga Hiperativa
- Toxina Botulínica
- Neuromodulador sacral
- Medicamentos
- Fisioterapia Pélvica

Incontinência Urinária Feminina em Números

- Atinge 5% da população, algo como 10 milhões de brasileiros; duas vezes mais comum nas mulheres;
 
- Estima-se que 50% delas podem apresentar o problema em alguma fase da vida;
 
- Estudos mostram que cerca de 50% não buscam tratamento;
 
- Pesquisa da UNIFESP demonstrou que 56% das mulheres com incontinência urinária têm disfunção sexual;
 
- 44% delas perdem urina durante o ato sexual.
 
- 30 a 40% das mulheres na menopausa têm perda de urina involuntária

fonte:Plena Mulher

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe seu comentario ele é sempre bem vindo !!!