quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

A mulher dependente emocionalmente e carente


Você ama seu companheiro, faz de tudo para que ele esteja ao seu lado e só acha graça em algum programa se ele está com você. Durante o dia, você liga várias vezes, morre de saudades e conta os minutos para poder estar com seu amor. Será que você está mantendo uma relação saudável ou está envolvida em uma dependência emocional?

A mulher que é dependente emocionalmente é carente, possui comportamento submisso, não temautoconfiança e só de imaginar que pode se separar de seu amor definitivamente sente calafrios. Este tipo de dependência torna a pessoa grudenta, pegajosa e, ao contrário do que é seu desejo, pode acabar mandando seu amor para bem longe.

As pessoas, mesmo em relacionamentos sérios, precisam de pausas e momentos em que possam respirar e viver experiências com outras pessoas. Namorar e casar não anula as outras questões da vida e mesmo os mais apaixonados sentem falta dos amigos e de programas longe do companheiro. Se você é do tipo de mulher que não dá liberdade para que seu namorado ou marido tenha vida individual, tome muito cuidado, você pode estar sofrendo e o fazendo sofrer também.

A dependência pode ter suas raízes na infância, quando a criança não se sente amada o bastante e cresce com um vazio emocional.Ela sente que falta algo para que possa ser feliz e pode voltar exagerar em vários sentidos, criando dependências emocionais, alimentares, sexuais, com entorpecentes e outras mais. Quando a pessoa se sente incompleto, ela busca por elementos exteriores que possam saciar o buraco que sentem dentro de si.

A mulher dependente e problemática


A mulher que desenvolve a dependência emocional gosta de sentir que o outro também depende dela e, por isso, geralmente se envolve com pessoas problemáticas. Desta forma ela se sente útil, resolvendo problemas dos mais diversos e com isso criando a falsa expectativa de que é fundamental para o outro.A mulher com dependência emociona tem tanto medo do fim do relacionamento, que tenta a todo custo criar formas de que o outro não viva sem ela.

Assim como em outros casos de dependência, o tratamento é doloroso e é necessário uma "desintoxicação" realizada por meio de análise terapêutica. É preciso que a mulher que sofre com a dependência emocional compreenda que não é mais aquela menininha que sofria e sentia medo da solidão e possa encarar a vida de frente. Ter a exata noção de que é capaz de sobreviver a qualquer rompimento de relação é fundamental para que a união seja saudável e duradoura. Quem vive com medo de perder a pessoa amada, não aproveita os momentos em que estão juntos.

Se você se identificou com o perfil da pessoa que sofre com a dependência emocional e aceita o desafio de mudar, o primeiro passo é procurar ajuda. Dificilmente você conseguirá sair da situação sozinha. Existem grupos de ajuda como as Mulheres que Amam Demais Anônimas (MADA) que acolhem e ajudam na recuperação de mulheres com dependência emocional. Você verá que não está sozinha e que poderá se recuperar com o apoio de pessoas que passaram pela mesma situação que você.
Fonte:Letícia Murta

Os benefícios do choro para a mulher


Muitas mulheres acreditam que o choro não traz vantagem alguma para o seu corpo. Ou ainda que derramar algumaslágrimas é considerada uma atitude de fraqueza. Mas, elas estão enganadas! Na verdade, chorar é algo que traz muitos benefícios para o nosso organismo. Para chorar, o corpo necessita de um enorme controle sobre a respiração e ainda pede um conhecimento das emoções desagradáveis e até das positivas.

O choro traz calma à mulher


Há mais de 400 sensações que podem nos levar às lágrimas, seja de raiva, tristeza, felicidade, admiração, arrependimento, decepção, agonia, entre muitas outras. A questão é que o pranto é um remédio e tanto! Ele alivia diversos estados emocionais, como a ansiedade. As mulheres que guardam as suas emoções ao invés de chorar, enfrentam tensões e ainda são mais suscetíveis à asma, ansiedade e úlcera intestinal.

O choro traz calma à mulher, que sente um grande alívio após derrubar algumas lágrimas, pois é como se o pranto esvaziasse a nossa alma. Além disso, chorar aproxima as pessoas e ajuda a fortalecer relações e criar novos laços de amizade. É uma atitude automática, quando vemos uma pessoa chorando, damos a ela compreensão e apoio. Portanto mulheres, se você passar por algum momento difícil ou até por uma tristeza ou agonia, lembre-se que chorar é o banho da alma
Fonte:Layal Antanios
benefícios do choro para a mulher

Confira 5 tipos de amigas que toda mulher deve ter


Todos nós poderíamos fazer uma lista de amigos que não queremos e nem precisamos em nossas vidas, mas não há como negar que outras amizades são indispensáveis. Claro, nem sempre é possível ter uma amiga com todas as qualidades, mas é possível ter um grupo de amigas com as melhores características. Por isso, o site Madame Noire listou as cinco amigas que toda mulher deve ter. Confira a seguir.
A impulsiva: todo mundo precisa de uma amiga que age sem pensar. É ela que escolhe as carreiras mais questionáveis, toma decisões surpreendentes, responde as cantadas de homens na rua e se mostra um pouco indecisa em momentos importantes. Sim, ela é impulsiva, mas fora isso, ela é uma pessoa que ajuda a te animar e te faz rir o tempo todo.
A experiente: apesar de ter amigas divertidas, você também precisa ter alguém para compreender suas queixas sobre carreira e vida social. Essa amiga é normalmente mais velha e é alguém para você desabafar sobre seu dia-a-dia, contar angústias e ouvir conselhos. Ela sempre terá uma opinião porque provavelmente já passou pela mesma situação.
A baladeira: ter com quem conversar e trocar conselhos é sempre bom, mas você também precisa de alguém divertido para deixar os problemas de lado. Essa amiga é aquela que te leva para tirar fotos no bar, ir ao parque ou dançar na balada. É ela que torna sua vida mais espontânea e traz sempre uma história para você contar no dia seguinte.
A racional: depois de tanta diversão, você precisa de uma amiga que te ajude a entender seus problemas. Para todos os momentos em que você for exagerada e agir apenas com a emoção, é ela quem vai te trazer de volta à realidade e te dar um conselho racional. Claro, as amigas menos racionais são as mais engraçadas e divertidas, mas ficar o tempo todo com elas vai deixar o seu mundo fora do eixo.
A prestativa: quem não gosta de uma amiga que está sempre disposta a ajudar? Ela te leva para alguns lugares, não se importa se você não pagar o combustível e te empresa dinheiro quando você esquece a carteira. Amigas mesquinhas são fáceis de encontrar, mas se conseguir encontrar uma prestativa, não deixe que ela saia da sua vida.

fonte.Terra

Advogado dá 10 dicas para mulheres que tem marido violento

A relação a dois deve ser de amor e respeito Foto: Getty Images

Como proceder em casos agressões físicas dentro de casa, evitando que tal violência acabe em morte como no caso de tantas mulheres assassinadas no Brasil? Qual atitude tomar quando o companheiro não quer assumir a paternidade da criança? E a nova Lei do Divórcio, o que muda a partir de agora. Essas e outras questões são tratadas pelo advogado especializado em direito da família Ângelo Carbone, que decidiu escrever um Manual de Sobrevivência da Mulher.
"A mulher deve ter em mente que o companheiro tem de tratá-la com amor e respeito. Atualmente, não existe mais a figura do 'machão', aquele que faz, manda, acontece, bate, esmurra e impõe medo. O lugar desse tipo de homem é na cadeia", afirmou o advogado. A seguir veja as principais dez dicas para saber como proceder desde a escolha de um advogado, como denunciar um marido agressor tanto física quanto verbalmente ou mesmo para se prevenir ou reivindicar legalmente o que lhe é de direito em caso de separação ou de gravidez sem reconhecimento de paternidade.
1) ADVOGADO
Se você não tiver como arcar com os custos de um advogado, saiba que o Estado coloca um profissional à disposição sem despesas para cuidar do seu caso. Procure o Fórum mais próximo de sua residência e solicite um. Conheça seus direitos e busque justiça.
2) PATERNIDADE
A criança que está no seu útero já tem direitos que podem e devem ser buscados na Justiça. Basta propor uma ação de investigação de paternidade, em prol do filho. A Justiça vai chamar o pai e solicitar o teste de DNA. Em caso positivo e sinalizada a paternidade, o homem tem obrigação de arcar com as despesas de pré-natal, do nascimento e dos alimentos do filho (de 0 aos 24 anos de idade).
3) UNIÃO ESTÁVEL
Para a mulher ter qualquer direito como companheira em uma união estável, é necessária uma escritura do companheiro reconhecendo tal união, ou uma sentença judicial, que nem sempre é rápida. Se uma mulher nessa situação fica viúva, é preciso entrar com reconhecimento de união estável e, se o Juízo da Família negar a liminar, ela deverá aguardar a sentença, muitas vezes por anos, sem ter qualquer direito.
4) CASAMENTO NO CIVIL
O comum é o casamento com comunhão parcial de bens, ou seja: a partir da união, os bens que forem adquiridos pelo casal serão partilhados e, em eventual separação, divididos entre eles (metade para cada um). Em muitos casos, quando o casal já vivia em união estável antes do casamento, é necessário informar, pois caso contrário, todos os bens adquiridos pelo casal anteriormente ao casamento do civil ficam somente para o marido, caso os bens comprados tenham ficado apenas no nome dele e não do casal.
5) AGRESSÕES VERBAIS E FÍSICAS
Compareça a uma Delegacia de Polícia, se possível uma direcionada ao atendimento de mulheres, e narre detalhadamente tudo o que aconteceu. Fale das agressões físicas ou psicológicas que vem sofrendo e faça constar no Boletim de Ocorrência (BO) que pretende dar continuidade ao processo, com o objetivo da instauração de inquérito policial. Caso as lesões corporais sejam em partes íntimas, solicitar à Delegada de Plantão a realização de corpo de delito por uma médica no IML.
6) SEPARAÇÃO DE CORPOS
Depois dos procedimentos citados acima, procure um advogado. O especialista entrará com diversas ações: a primeira delas é a separação de corpos, a mesma que Viviane Sarahyba fez com Dado Dolabella, ou seja, o juiz determina que o marido saia imediatamente de casa. Depois, a ação de alimentos para a mulher e os filhos; a ação de guarda e regulamentação de visitas, além de outra de arrolamento de bens e bloqueio da metade de todos os valores existentes nas contas correntes em nome do parceiro. Esse ato é uma ação de divórcio com pedido de partilha.
7) NOVA LEI DO DIVÓRCIO
Com a nova Lei do Divórcio, tal procedimento pode ser requerido de imediato. Aqueles que já possuem a separação judicial não precisam aguardar o período de mais um ano para a separação. Devem ingressar com a medida de divórcio, que será atendida imediatamente. Não existe mais a separação judicial, mas sim o divórcio direto.
8) PARTILHA DE BENS
Após até 30 dias da ação de separação de corpos, é necessária uma ação de divórcio cumulado, com partilha de bens. Diante da sentença do Juízo, será decretado o divórcio e declarada a partilha dos bens, sendo necessária a definição da guarda dos filhos, os alimentos dos mesmos e da ex-mulher. A partir daí, existirá um prazo de pagamento dos alimentos da mulher e da partilha dos bens e valores de direito para cada parte.
9) VISITAS
Se a mãe obteve a guarda dos filhos, no mesmo processo é importante requerer a regulamentação de visitas (se o marido for agressivo é preciso reportar tal fato), para que assim tais visitas sejam monitoradas pela justiça.
10) BRIGAS E OS FILHOS
Casos de briga entre os pais, que ocorrem fatos como fazer chantagem emocional com a criança, causando-lhes medo quando o progenitor vai buscar o filho para visita, ou casos em que a mãe dificulta o encontro entre pai e filho. Tais situações são caracterizadas como alienação parenteral e os infratores respondem desde uma simples advertência até a perda da guarda do filho, sem contar que podem responder em processo cível indenizatório por dano moral.
Especial para Terra

Fifa confirma 4 mulheres em eleição de Comitê Executivo


A Fifa divulgou um comunicado na manhã desta terça-feira para confirmar que quatro mulheres se candidataram a um posto no Comitê Executivo da entidade. A eleição que definirá os membros do órgão irá ocorrer nos dias 30 e 31 de maio, durante congresso nas Ilhas Maurício, e as candidatas concorrerão a um mandato de quatro anos.
Foram indicadas quatro candidatas de quatro diferentes continentes. Uma delas é a vice-presidente da Confederação Asiática de Futebol, Moya Dodd, que ainda contará com a companhia de Sonia Bien-Aime, da Concacaf, Lydia Nsekera, da Confederação Africana de Futebol, e Paula Kearns, da Confederação da Oceania, nesta eleição.
As indicações de quatro mulheres feitas por quatro diferentes confederações do futebol mundial acontece depois de o presidente da Fifa, Joseph Blatter, ter proposto, em congresso de 2011 da entidade, a presença de um integrante do sexo feminino no Comitê Executivo.
Ao anunciar as candidatas, a Fifa também destacou que em seu último congresso, em 2012, foi aprovada por votação a revisão dos estatutos do organismo que controla o futebol mundial e também a nomeação de um membro do Comitê Executivo que representasse os interesses do futebol feminino.
Entre as quatro candidatas confirmadas nesta terça, Lydia Nsekera, presidenta da Associação de Futebol do Burundi, membro do Comitê de Futebol Feminino e da Copa do Mundo de Futebol Feminino e do Comitê Organizador dos Torneios Olímpicos de Futebol, já havia sido nomeada também como membro cooptado do Comitê Executivo da Fifa desde o congresso do ano passado. 

fonte:AE - Agência Estado

Operações resgatam 40 vítimas de tráfico de mulheres


Em apenas sete meses, duas operações da Polícia Federal (PF) levaram ao resgate de 40 vítimas do tráfico internacional de mulheres, entre brasileiras e estrangeiras, que eram exploradas sexualmente na Espanha. As prisões foram efetuadas pelo Cuerpo Nacional de Polícia, a polícia federal espanhola, a partir de denúncias colhidas pelo Ligue 180 Internacional, coordenado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, e repassadas pelo Ministério da Justiça ao governo daquele país.
Os dados fazem parte do balanço das duas operações, divulgados na tarde desta sexta-feira pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo; e das Mulheres, Eleonora Menicucci. Na primeira operação, a Palmera, realizada em Ibiza em junho de 2012, foram resgatadas 28 mulheres e outras seis nos desdobramentos que ocorreram nos meses seguintes. Na segunda, a Planeta, deflagrada na quarta-feira (30), em Salamanca, foram resgatadas seis vítimas, sendo duas brasileiras, três coreanas e uma de Serra Leoa.
A última operação foi detonada a partir da ligação de uma jovem para sua mãe, no Brasil. A vítima foi aliciada na Bahia, com a promessa de ganhar muito dinheiro para trabalhar num restaurante em Salamanca, segundo contou Cardozo. Embora ela não tenha sido clara na conversa, a mãe viu semelhanças no relato da filha com a de personagens da novela Salve Jorge, da Rede Globo, que trata do tráfico de mulheres. Ela ligou para o 180 e a PF acionou seu oficial de ligação da Espanha, que se articulou com as autoridades do país.
A intenção do governo em dar visibilidade a esses casos, segundo os dois ministros, é estimular as pessoas a denunciarem, tanto familiares como vítimas. Muitas têm constrangimento de se expor, principalmente as que viveram a experiência. "É um crime 
difícil de ser identificado e investigado", disse Cardozo. "É preciso que as pessoas não tenham vergonha de denunciar. O tráfico de seres humanos é um problema mundial, com nefastas consequências para as vítimas e suas famílias", enfatizou Eleonora.
Contato
Conforme as investigações, um casal de Salvador, preso no último dia 30, aliciava mulheres jovens e atraentes, a maioria numa academia de ginástica da cidade. Após o primeiro contato, eles faziam uma reunião de acerto final num bar pertencente aos pais - também presos - do aliciador. Os policiais chegaram a três brasileiras que exerciam funções de "encarregadas do negócio", que cuidavam dos documentos e providências materiais para a viagem. Essas recebiam 1 mil euros (R$ 2,7 mil) como remuneração por mulher traficada.
As brasileiras então recebiam passagens aéreas, 100 euros para despesas e seguiam para a Europa. Na Espanha, onde a máfia do tráfico de mulheres banca todos os custos da operação, elas já chegam devendo 4 mil euros e em muitos casos, em vez de reduzir, a dívida aumenta e, às vezes, se torna impagável. Lá, viam-se obrigadas a trabalhar como prostitutas para abater a dívida.
Programa
Conforme as investigações, elas faziam programas a 40 euros (pouco mais de R$ 100) e metade ficava com a casa. Como na novela, as vítimas ficavam trancadas em porões e sob rígida vigilância dentro das instalações da boate ou casa noturna em que trabalhavam. Frequentemente eram transferidas de uma casa a outra, para que não estabelecessem vínculos de amizade. As brasileiras resgatadas nas duas operações, porém, optaram por permanecer na Espanha, alternativa que lhes é facultada na condição de vítimas.
Em sete anos, segundo revelou Eleonora, foram feitas 3 milhões de ligações para o 180. Em 60% dos casos foram pedidos de socorro devido a agressões contra mulheres, ameaças, estupros e pressão psicológica. Em mais da metade dos casos, a agressão foi feita pelo companheiro e presenciada por filhos. Do exterior, ocorreram 80 ligações de janeiro a dezembro de 2012. Dessas, 30 foram da Espanha, 25 da Itália, 18 de Portugal e duas de El Salvador.
Do total das ligações para esse número, 5% já são relacionadas ao tráfico de pessoas e resultaram em ações policiais. "Quando essas mulheres caem na rede de aliciadores, o sonho é quebrado logo que chegam ao destino. Lá ficam confinadas em casas noturnas, onde são exploradas por quadrilhas de traficantes. Os documentos são retidos e elas ficam cada vez mais endividadas. É um sofrimento incalculável, impossível muitas vezes de ser relatado", descreveu a ministra. 

Fonte:VANNILDO MENDES - Agência Estado

Pequeno manual da vida mal resolvida


Eu estou em crise. Assim como a economia europeia, a Síria ou a política de combate a enchentes no Rio. Em épocas assim, as pessoas perguntam o que está acontecendo, como tudo começou, qual a perspectiva de melhora. Contando a mesma história para muita gente e passando a vida a limpo, numa espécie de sessão de terapia contínua, o resultado pode ser bastante confuso: não percebi o que estava acontecendo? Errei? Não me controlei? Não sou madura o suficiente?
De todo esse período, venho sistematizando algumas ideias, que vão contra a corrente dos livros de autoajuda, mas que me parecem mais atadas à minha realidade do que pregam os gurus do autocontrole e da “vida bem resolvida” (e aqui crio uma rima pobre por falta de sinônimo melhor para a expressão). Eu não espero que você, caro leitor, concorde com todas – nem mesmo com uma delas. O objetivo deste texto, assim como todos os outros deste blog, acredito, é compartilhar pensamentos e propor reflexões. Certo ou errado não são os tópicos aqui.
“É preciso ser forte”: como disse uma amiga minha, eu quero é ser fraca. Chorar, sofrer, desabafar fazem parte das rotinas humanas e não é vergonha nenhuma dizer que a dor está muito forte e que está difícil de segurar. Deixar lágrimas escorrerem em público, querer passar um dia triste, sentir que está sem chão naquele momento não fazem de você uma pessoa frágil e que não agradece pelos inúmeros momentos de felicidade que vive. Do mesmo jeito que o corpo dá sinais de alerta, com dores, para nos dizer que há algo errado, nossa mente e nossas emoções mostram que há pontos complicados na vida. E, assim como o físico, não há cura para tudo – mas também há sempre algo que ajuda a diminuir o peso. Em todos os casos, buscar tratamento – e ser firme nele, até os últimos recursos – também é sempre possível.
“Viver não é complicado. Somos nós que complicamos a vida”: mentira deslavada (ou sem-vergonha, que é um sinônimo mais saboroso, mas muito menos conhecido da palavra). Viver é complicado, sim. Amar alguém, e ser amado por ela, não torna as relações fáceis. Escolher uma profissão e gostar do que faz não evita que queiramos jogar a toalha às vezes. Amar os filhos não anula erros na criação. Amar os pais não impede que possamos ofendê-los quando queremos que eles se cuidem. Ver avós morrendo, seguindo a trajetória natural da vida, não torna a separação menos sofrida. Somos bichos complicados, inseguros, com medo de fazer escolhas erradas, traumatizados pelos eventos do passado. Isso implica que vamos errar, ferir, ofender, distorcer, recuar, mudar, tantas vezes quantas forem necessárias no meio do caminho. Pedir desculpas não vai adiantar, mas também mal não irá fazer. Dizer que aquilo serviu de aprendizado para não fazer de novo é meia verdade, porque sempre podemos errar novamente – mas, como meia verdade, isso também tem, obviamente, seu lado genuíno.
“Seja firme nas suas decisões”: não sei se acontece com todos, mas às vezes eu passo longos minutos olhando o cardápio, penso seriamente em que prato pedir, faço a escolha confiante e, quando chega a refeição, percebi que me enganei: o molho não era o que eu pensava. Seria ótimo se longos momentos de reflexão garantissem a decisão mais acertada, mas, se isso não é assim nem com a comida, que dirá com as emoções, com as relações, com os gostos. Eu detecto em minha vida algumas certezas: amo algumas pessoas, aprecio fazer determinadas coisas, quero cumprir certos objetivos (de vida profissional e de mudança ou evolução de personalidade). São pontos que não têm mudado com o tempo, mas, para continuarem assim, elas precisam ser cultivadas a cada novo dia. Então, eu não sou firme com as minhas decisões: eu as repito todo dia. Entende a diferença?
“Mantenha o autocontrole”: adoraria ser capaz disso, o tempo todo. Se algum leitor consegue, por favor, avise. Eu busco evoluir, e nesse período crítico passei por várias situações em que gostaria de ter tido a esperteza de me enfiar em um buraco e esperar a raiva e o desespero passarem antes de fazer alguma coisa. Estou cotidianamente buscando melhorar nesse sentido, mas confesso que retrocedo várias vezes ou cometo o mesmo erro outras tantas, ainda que eu reflita, ore, faça terapia, escreva sobre isso… Se houver algum ser humano que consiga nunca dar uma resposta mais seca; nunca dizer algo desnecessário e que machuque; ou mesmo nunca hesitar em dizer o que tem de ser dito no momento, por favor, me ensine o caminho. Se houver um modo mais fácil de ser humano, imperfeito, emotivo, confuso e inseguro, serei a primeira a segui-lo. No momento, apenas sigo sendo humana, ciente do que é sê-lo, mas sem a certeza de que conheço tudo da minha própria humanidade.
fonte: Mulher 7x7

Brasil vai ampliar campanha de combate à violência e ao tráfico de mulheres


O Brasil prepara o anúncio de ampliação de uma campanha internacional contra a violência e o tráfico de mulheres. A ideia é anunciar a iniciativa no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março. A proposta é que a ação interministerial seja firmada por meio de parcerias com autoridades de dez países na América do Norte, Europa, Ásia e no Oriente Médio. A escolha dos países foi definida a partir de denúncias que indicam maior incidência de casos.
A diretora do Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior, a diplomata Maria Luiza Ribeiro Lopes da Silva, disse à Agência Brasil que o objetivo é promover ações que vão além do combate ao tráfico e à violência contra as mulheres, como garantir apoio às necessidades das brasileiras que estão fora do país.
“Queremos expandir o nosso trabalho para todos os países em que há mulheres em situação de risco. Além do tráfico de pessoas, queremos garantir o apoio às mulheres e impedir que os casos de violência continuem”, ressaltou Luiza Lopes.
A diplomata disse que o trabalho da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 Internacional promoveu uma mudança de comportamento das vítimas de violência e tráfico no exterior. Segundo ela, com profissionalismo e paciência, as atendentes conquistam a confiança das mulheres que, em geral, sentem medo de denunciar.
“É um trabalho de formiguinha mesmo. É ouvir com paciência, tempo e muita dedicação para conquistar a confiança das pessoas que ligam para denunciar. Não é fácil contar o que ocorre. É um trabalho de conquista”, destacou Luiza Lopes. “O governo está firme e dedicado para mostrar que há alternativas para essas mulheres que se encontram em situação de risco.”
A diplomata ressaltou que devido ao trabalho da Central de Atendimento à Mulher foi possível desbaratar várias redes de tráfico de mulheres no exterior. Em 2012, o serviço recebeu 80 ligações com denúncias. Do total, 26 telefonemas relataram violência física contra brasileiras no exterior – em 66% houve alerta sobre o risco de morte e em 19% sobre o de espancamento.
No dia 1º deste mês, a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, informaram que duas quadrilhas que traficavam brasileiras para serem exploradas sexualmente no exterior foram desbaratadas nos últimos sete meses em decorrência de duas operações da Polícia Federal.
No total, as operações levaram ao resgate de 40 vítimas do tráfico internacional de mulheres, entre brasileiras e estrangeiras, que eram exploradas sexualmente na Espanha. Nesse país, as brasileiras vítimas de violência devem ligar para o número 900 990 055, fazer a opção 1 e, em seguida, informar à atendente (em português) o número (61) 3799-0180.
Em Portugal, devem ligar para 800 800 550, também fazer a opção 1 e informar o número (61) 3799-0180. Na Itália, podem ligar para o 800 172 211, fazer a opção 1 e, depois, informar o número (61) 3799-0180.
O Ligue 180 Internacional foi criado em novembro de 2011. Para o Brasil, o serviço funciona desde 2005 e registra mais de 3 milhões de atendimentos em todo o território brasileiro, segundo a secretaria.
Fonte: Da Agência Brasil