Relacionamento amoroso: mau uso das redes sociais A forma como parte das pessoas usa as redes sociais vem provocado brigas e até separações entre casais. Em consultório, uma das principais queixas dos pacientes está vinculada ao uso que se faz dessas redes. O motivo é o ciúme decorrente de postagens e de novos contatos feitos pelo companheiro. Ana Amelia (nome fictício) me conta que passa cerca de seis horas por dia no Facebook vigiando o perfil do namorado. Ela observa tudo: quais postagens ele “curte “, quais pessoas entraram pra sua rede de amigos, quantas mulheres falam com ele, de que forma falam e se ele responde ou não a elas. Sua insegurança chegou ao ponto de ficar conectada à página do namorado até mesmo no trabalho, perdendo o foco de suas tarefas como secretária. As discussões com seu parceiro são diárias e ele chegou a cancelar o perfil várias vezes e voltou, pois ela assim lhe exigiu, argumentando que ele poderia criar um fake para enganá-la. Eduardo (nome ficiticio) também chega no consultório eufórico e exclama: - Consegui as senhas ... as senhas do Facebook e de outras redes sociais dela! Ele me conta que passou a noite digitando senhas até sentir o prazer de ter acesso ao mundo secreto da namorada, ler mensagens pessoais e verificar com que amigos ela conversava em segredo. Ele não encontrou nenhum sinal de traição, mas está tão obcecado com a possibilidade de vigiá-la virtualmente, que não consegue parar; diz que algum dia achará uma pista. Amélia (nome ficiticio) terminou um casamento por causa do Facebook. Ela começou a mandar mensagens para as mulheres da lista de contato do marido, chamando-as de nomes vulgares e pedindo para ficarem longe dele. Além disso, criou um perfil fake para testar a fidelidade do marido, seduzindo-o e enviando mensagens eróticas e provocadoras. E no dia em que ele aceitou receber uma foto da desconhecida e se mostrou mais aberto e simpático, ela diz que sentiu ciúme do próprio fake e esperou ele chegar em casa para iniciar mais uma briga violenta. Mas dessa vez ele não suportou e foi embora de casa. Cada vez mais a sociedade se transforma numa espécie de stalker virtual. Muito próxima ao objeto amado, tem a possibilidade de espioná-lo. A brincadeira de estar numa espécie de reality show cibernético transforma as pessoas em seres muito mais desconfiados, ciumentos e bisbilhoteiros. As possibilidades de traição aumentam com a internet, por isso a desconfiança também. Mas... confiança é incondicional, independe de época e de valores sociais. Deveríamos aprender a exercitar mais esse canal tão fechado. Esperto que tenham “curtido’ o artigo e que compartilhem. * Stalkear: obsessão em perseguir a vitima sem parar, seguindo, telefonando, enviando mensagens, etc. | ||||
fonte:vya estelar |
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Vigiar o parceiro nas redes sociais pode acabar até com casamento: por Tatiana Ades
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