Estou planejando minhas férias e não sei quanto aos leitores, mas eu fico super ansiosa e feliz imaginando como serão, onde serão e com quem serão. Como atuo constantemente pensando no empreendedorismo e em temas para abordar aqui, não consegui deixar de fazer uma analogia dessa expectativa de viagem com o universo profissional.
Comecei a pensar nas etapas da viagem. O primeiro passo quando vamos sair da nossa cidade e ir para outro local é montar um plano. Isso não pode acontecer ao mesmo tempo em que viajamos, precisa ser uma etapa anterior à própria viagem. Fazemos a nossa pesquisa, montamos um cronograma com todas as atividades que faremos e deixamos apenas a execução para o dia. O mesmo ocorre no empreendedorismo, é muito importante pesquisar o setor e planejar meticulosamente cada passo.
Embora esse planejamento precise ser bastante objetivo e completo, ele também deve ser flexível, afinal, tanto em uma viagem quanto no empreendedorismo podem existir imprevistos que precisarão de adequações no roteiro. O empreendedor e o viajante precisam estar cientes dos obstáculos e dos desvios que podem ocorrer durante o plano – e, logicamente, estar preparados para isso.
Outra etapa que precisa ser cumprida é a determinação de um orçamento. É muito importante estimar todos os gastos em uma viagem ou em um novo empreendimento, de modo a evitar ser pego de surpresa e provocar uma descapitalização. Um bom planejamento deve necessariamente envolver essa etapa, minimizando o risco com gastos imprevistos. O mesmo ocorre com a escolha da companhia, daquele que nos acompanhará durante a viagem. Quantos de nós já não viajamos com pessoas que “estragaram” o programa? Nos negócios, as pessoas com as quais nos associamos também são extremamente relevantes para o êxito. Precisamos ter conosco aqueles que nos complementam e agregam valor.
Por fim, o passo de maior importância: a escolha do destino, assim como a definição do objetivo do seu projeto. A única característica essencial a um viajante e a um empreendedor é a paixão. Não tem como viajar a lazer para um lugar que não sentimos atração para visitar; da mesma forma que não tem como escolhermos trabalhar incansavelmente em um projeto com o qual não temos afinidade e não nos enxergamos a longo prazo. Somente o amor àquilo que fazemos é capaz de transformar cada obstáculo do percurso em mais uma história divertida e superada a ser contada no final.
Fátima Rocha é formada em Direito e Ciências Contábeis e sócia e diretora executiva da MegaMatte. É também presidente da Seccional Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Franchising.
fonte Redação pegn
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