A taxa normal de gestão de uma mulher em período fértil é de 20 a 25% ao mês. Mas, nas mulheres acometidas pela endometriose, a chance de engravidar cai para apenas 4% no mesmo período.
Além disso, a doença, que atinge uma em cada 10 mulheres na sua fase reprodutiva (entre 19 e 44 anos), é a causa da infertilidade em 40% das mulheres que apresentam dificuldade de ter filhos.
A endometriose ocorre quando partes do endométrio — o tecido que reveste internamente a cavidade uterina e é parcialmente eliminado pela menstruação – fixam-se em órgãos como ovários, ligamentos pélvicos, intestino, bexiga, apêndice e, em casos extremos, até no pulmão.
As causas, segundo o especialista em reprodução humana João Sabino da Cunha Filho, são variadas. Entre elas estão anomalias hormonais, imunológicas e anatômicas.
Entre os possíveis fatores de risco estão:
- Começar a menstruar muito cedo
- Nunca ter tido filhos
- Ciclos menstruais frequentes
- Menstruações que duram sete dias ou mais
- Hereditariedade — a mulher cuja mãe ou irmã tem endometriose apresenta seis vezes mais probabilidade de desenvolver a doença do que as mulheres em geral.
Os principais sintomas da doença são:
- Cólicas menstruais intensas
- Menstruação irregular
- Dor profunda e desconfortável na relação sexual
- Inchaço e dor abdominal
- Dor e dificuldade na evacuação
Sabino alerta que, quando a doença não é diagnosticada e tratada precocemente, leva à infertilidade.
– Em alguns casos, a paciente não manifesta nenhuma dor, apresentando apenas dificuldades para engravidar. E são exatamente esses os casos preocupantes. Como não aparecem sintomas, a mulher não se preocupa em realizar exames e só descobre a doença quando há a dificuldade em ter filhos – afirma .
– Em alguns casos, a paciente não manifesta nenhuma dor, apresentando apenas dificuldades para engravidar. E são exatamente esses os casos preocupantes. Como não aparecem sintomas, a mulher não se preocupa em realizar exames e só descobre a doença quando há a dificuldade em ter filhos – afirma .
O médico ressalta que o diagnóstico precoce é a melhor maneira de evitar a infertilidade, pois será possível realizar acompanhamento e tratamento.
– Os dados observados são suficientes para que se perceba a dimensão e a importância do diagnóstico da doença – afirma.
Para o diagnóstico, são utilizadas técnicas como o diagnóstico por laparoscopia, um exame ambulatorial com uso de anestesia geral, mas que não exige internação hospitalar. Por meio de uma pequena incisão — cerca de 1 cm, no umbigo —, e com ajuda de câmeras, o médico visualiza o interior da cavidade abdominal e pélvica.
Depois de diagnosticada a doença, o tratamento consiste na supressão da ovulação com medicação e, algumas vezes, no uso de analgésicos, quando a dor da paciente é muito grande.
– Entretanto, havendo dificuldade na gestação, indica-se a laparoscopia e a cauterização dos focos. Nesses casos, a paciente terá três tipos de tratamento: indução da ovulação, inseminação artificial ou fertilização in vitro.

Os pontos em vermelho mostra os locais que podem ser afetados pela endometriose
fonte:Blog do Vida.
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