sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

As emoções do fim do ano


Não sei quanto a vocês, leitores, mas, quando o Natal e Ano-Novo se aproximam, sempre sou tomada de uma emoção difícil de explicar. Reflito sobre as metas planejadas no ano anterior, sobre os acontecimentos ocorridos e todas as boas e más experiências do ano que termina. Além disso, observo as pessoas muito eufóricas e solidárias em um consumo desmedido.
Pela minha experiência, tenho observado que esse lado emotivo que permeia as pessoas nesta época do ano é muito favorável ao empreendedorismo. Todos querem se sentir renovados na virada do ano e, muitas vezes, essa “virada” se dá, por exemplo, pela abertura de um negócio próprio, o que às vezes pode ser precipitado.
Em setembro de 2009, o Journal of Consumer Research publicou um estudo dos pesquisadores Anastasiya Pocheptsova e Nathan Novemsky que revela que o estado emocional vivido por uma pessoa num dado momento afeta a maneira como ela percebe os estímulos à sua volta. Se esse momento é o “fim de um ciclo”, como o final de ano, essa emoção pode levar o individuo a ser estimulado, inclusive, a empreender.
Percebo que, na própria empresa que atuo, esta época do ano é o momento em que mais temos procura por pessoas que querem “mudar” suas vidas e veem na franquia um modelo de negócio com menor risco para tal. Isso me leva a crer que o clima de emoção desta época do ano pode realmente favorecer alguns negócios, mas o que certamente pode ser arriscado seria fazer uma escolha empreendedora movida por uma necessidade de mudança, que se deu apenas pelo momento de emoção a que o final de ano nos conduziu.
Ainda destacando a pesquisa citada acima, para testar como o estado emocional afeta as percepções os pesquisadores pediram a cerca de 100 pessoas que observassem um quadro do pintor Cezanne (selecionaram apenas pessoas que não possuíam réplicas dessa obra). Metade das pessoas leu um texto de conteúdo triste e depressivo, enquanto a outra metade não o leu. Em cada grupo, algumas pessoas eram solicitadas a opinar imediatamente sobre o quadro, e os demais, apenas cinco dias depois.
De maneira geral, as pessoas que leram o texto e comentaram sobre o quadro imediatamente fizeram avaliações mais negativas do que as pessoas que não leram o texto. Além disso, entre as pessoas do grupo que avaliaram o quadro em estado emocional negativo, as que deram opiniões imediatamente tenderam a fazer avaliações mais negativas do que aqueles que o avaliaram cinco dias depois.
Minha dica para esse final de ano é: controlem suas emoções nesse período (até para fazer as escolhas mais acertadas) e explorem positivamente o ano que está por vir.
Fátima Rocha é formada em Direito e Ciências Contábeis e sócia e diretora executiva da MegaMatte. É também presidente da Seccional Rio de Janeiro da Associação Brasileira de Franchising.
Fonte :Mulheres Empreendedoras

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