sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Alho e cebola: benefícios à saúde



O alho e a cebola são mundialmente utilizados na medicina popular para a cura de diversas doenças e muitos de seus benefícios têm sido comprovados por estudos científicos, tais como:
- atividade antibacteriana, antifúngica, antiviral, anticancerígena, antihipertensiva, antioxidante, antiplaquetária, antitrombótica;
- redução do colesterol e glicose sanguínea, dentre outras já pesquisadas.

As ações do alho sobre a inbição do desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer estão sendo investigadas. Um estudo publicado em 2011, verificou que o consumo de alho é capaz de reduzir a deposição dos peptídeos beta-amiloides, principal substância envolvida com o desenvolvimento da doença.

Em relação ao câncer, as pesquisas científicas têm apontado que os principais mecanismos de ação do alho e da cebola são sua ação antioxidante e a capacidade de detoxificar o organismo. Sendo comprovadamente efetivos contra o câncer de estômago, cólon retal, mama, pulmão e endométrio.

A multifuncionalidade desses vegetais na saúde deve-se a diversidade de compostos bioativos, principalmente os que contêm enxofre, presentes em sua composição. Quando intactos, os bulbos do alho e cebola não apresentam o sabor e o odor peculiar. No entanto, quando picamos, trituramos, fatiamos ou maceramos, ocorre a ruptura das células e desencadeiam uma sequência de reações que irá formar os compostos responsáveis pelo odor, sabor, lágrimas, (no caso da cebola), e principalmente, os compostos benéficos à saúde.

A maior disponibilidade dessas substâncias promotoras de saúde está no óleo de alho e nos vegetais frescos, sendo perdidas durante a fritura, torrefação ou cozimento prolongado (mais que 20 minutos a 100°C).

O alho envelhecido e o negro, ambos derivados do processamento do alho fresco são alternativas ainda mais interessantes, já que diferentemente do alho e a cebola in natura, eles não contêm os compostos alergênicos e indutores de mau hálito, mas mantêm os compostos responsáveis pela prevenção e combate às doenças. No caso dos antioxidantes os teores presentes no alho envelhecido e negro são ainda maiores do que no alho fresco.

Dos produtos derivados do alho e da cebola, o alho em pasta, é mais consumido. Uma pesquisa publicada neste ano, buscou avaliar as consequências do processamento industrial para a obtenção da pasta. Os resultados foram promissores, uma vez que as técnicas empregadas ainda mantiveram os altos teores dos compostos de interesse. É importante ressaltar que caso essa pasta seja frita, torrada ou cozida a altas temperaturas por períodos prolongados, assim como no alho cru, os compostos bioativos presentes na pasta também serão perdidos e não aproveitados pelos seus consumidores.

Indica-se que a ingestão de alho seja de 600-900 mg/ dia, o que equivale a dois dentes médios/dia, e que a suplementação com esses vegetais, principalmente sob a forma de cápsulas de alho, seja avaliada por profissionais competentes. O uso crônico e em excesso desses alimentos podem causar mau hálito, suor, perturbações gastrintestinais, como: ardência, diarreia, flatulência e mudanças da flora intestinal. Em contato direto com a pele pode ocorrer dermatite alérgica, queimaduras e bolhas. E em casos mais severos a superdosagem pode induzir anemia e perda de peso, devido a ulcerações no trato digestivo e redução do crescimento. Indivíduos alérgicos ao enxofre (constituinte de alguns dos compostos bioativos presentes) devem também evitar o consumo desses alimentos, já que podem apresentar dermatites, asma, rinite, conjuntivite, urticária, anafilaxia (morte por asfixia), edema (inchaço de tecido ou órgão) e angiodema (inchaço similar à urticária sob a pele e não na superfície) em resposta ao consumo.

Além desses efeitos colaterais, a suplementação excessiva com alho e cebola pode também interferir na eficácia terapêutica de alguns medicamentos, aumentando-a ou diminuindo-a. Para indivíduos medicados com anticoagulantes, como varfarina, o uso de suplementações com alho é contraindicada, já que a atividade anticoagulante pode ser aumentada e resultar em hemorragias.

Desaconselha-se também a suplementação em pacientes transplantados, pois pode reduzir a eficácia da ciclosporina, medicamento utilizado para impedir a rejeição de órgãos. Porém, quando consumido conjuntamente com alguns antivirais ou antidiuréticos como o hidroclorothiazida favorecem a absorção intestinal do medicamento, resultando no aumento da eficácia terapêutica.

O alho envelhecido, ao contrário do fresco, pode ser utilizado como complemento à varfarina, aspirina, estatinas, adriamicina, e outros, já que diferentemente do alho cru, os compostos responsáveis pela redução da ação medicamentosa não estão presentes.

O alho e a cebola, portanto, vão muito além da condimentação dos alimentos, são alimentos ricos em compostos importantes ao desenvolvimento do nosso organismo e excelentes preventores de doenças crônico degenerativas, como as cardiopatias, diabetes e câncer.

Ademais, o Instituto do Câncer acredita que o alho pode ser um dos alimentos com as mais importantes propriedades anticâncer.

Sendo assim, incentiva-se o consumo, principalmente in natura, desses vegetais para que os benefícios a eles atribuídos sejam integralmente aproveitados pelos seus consumidores e apreciadores.  
 

fonte Vya Estelar.

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