Tolerância
é continuar mesmo quando você é jogado contra uma parece dura. Um
quadrado não consegue pular porque é feito de linhas retas, mas uma bola
consegue porque é redonda e geralmente leve. Seja qual for o seu
tamanho, ela pulará de volta. Trabalhar em linhas retas significa perder as implicações das coisas, ser limitado e ditado pelo presente.
Essa vida é tudo o que existe. E os cantos do quadrado, as mudanças
repentinas de direção, podem machucar as pessoas. Não associamos uma
bola com machucar, mas com jogar. Tolerância vem de percebermos que tudo
é um enigma e que todas as coisas funcionam em círculos, o que é
incômodo agora, logo mudará. Há um movimento constante na tolerância,
uma flexibilidade por gostar de mudanças. Um quadrado encontra a sua
posição e isso é tudo.
Alguém tolerante pode se ajustar a
qualquer situação, pode introduzir um elemento de diversão ou humor. O
humor vem de muitas coisas: de uma necessidade de superar imperfeições
ou mágoa, ou desespero, mas o humor da tolerância vem do otimismo.
Como é possível ter tolerância, exercê-la em momentos difíceis?
Primeiro, é necessário um pouco de quietude. Pensar, percorrer a jornada
interior. Pensar no nascimento, em como as coisas começaram, para onde
foram e porque foram e brincar com esse ciclo de eventos como se fosse
uma bola. Depois, amar as pessoas, como seres diferentes, com um
intrincado de experiências pessoais e internas, seres com talentos
singulares muitas vezes encobertos. Olhar nos olhos das pessoas sem medo
e perceber a raridade de cada uma delas.
"Tolerância é dizer sim ao jogo, aproveitá-lo e aprender, mesmo que ele seja duro".
Anthea Church
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