Colecionar de tudo pode ser divertido, mas fique atenta à situação da sua conta bancária.

Autor: Priscila Ferraz

“Ai, eu estou numa fase de sapatos...”. Que mulher nunca falou isso? O problema é pular do período de sapatos, para as camisas, depois bolsas, lingeries, e nunca acabar com essa compulsão. Parece que os vícios vão mudando, e de repente não cabe mais nada dentro do Armário. A verdade é que muitas vezes é preciso impor limites aos gastos para não comprometer o orçamento no fim do mês. Até porque, não adianta estar com aquele sapato de salto maravilhoso dentro de casa, e não ter dinheiro para sair e exibi-lo por aí, não é mesmo?

A grama do vizinho é sempre mais verde...Cuidado para não cair em enrascadas de comparar as suas compras com as das suas amigas. Não é porque a mais chegada tem 200 pares de sapatilhas que você precisa ter 201, 202, 203... “Outro ponto comum da mente humana é a necessidade de recompensas em curto prazo, portanto um colecionador vai desejar o quanto antes ampliar sua coleção, e dificilmente terá paciência de adquirir os itens ao longo do tempo, até por que, em termos relativos, se sentirá ficando para trás”, explica Richard Rytenband, professor, economista pela PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo) e especialista em investimentos e métodos quantitativos pela FGV (Faculdade Getúlio Vargas).

Atenção ao orçamentoAquele amor pelas coleções (ou coleção) pode acabar trazendo mais dor de cabeça do que se imagina. Se o gasto for muito alto, existe grande chance de acúmulo de dívidas. Já que o fato de não poder comprar um novo item pode deixar qualquer fanática com ainda mais vontade, e então, o impulso fala mais alto e as contas estarão cada vez mais vermelhas. Por isso, o ideal é deixar todos os gastos anotados e separar parte do orçamento exclusivamente para as coleções. “Se os gastos essenciais estiverem em primeiro plano, a sua renda é otimizada e pode atender a demanda por novos itens”, finaliza Rytenband.

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