Com participação das deputadas federais Luiza Erundina e Janete Pietá, debate encerra reunião do Fórum Nacional de Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres
O Fórum Nacional de Organismos Governamentais de Políticas para as Mulheres encerrou seus trabalhos, nesta terça-feira (12/06) em Brasília, com o debate “Eleições Municipais e a Plataforma de Políticas para as Mulheres”. O tema foi abordado pelas deputadas federais Luiza Erundina (PSB-SP) e Janete Pietá (PT-SP), coordenadora da Bancada Feminina no Congresso Nacional, e mediados pela diretora de Programas da SPM, Rosângela Rigo.
O evento iniciou na segunda-feira (11/06) e foi organizado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR). Teve com o objetivo fortalecer organismos governamentais, como secretarias ou coordenadorias, para que as políticas nacionais para as mulheres sejam aplicadas em todos os estados e municípios.
As mulheres candidatas às eleições de outubro de 2012 - tanto para os cargos do Executivo como do Legislativo municipal -, na avaliação da coordenadora da Bancada Feminina da Câmara Federal, Janete Pietá, deverão ter uma plataforma com políticas para as mulheres, sociais, inclusivas, para as pessoas com deficiência e contra a homofobia. “É preciso sensibilizar, ganhar os corações e mostrar para os eleitores e eleitoras que essas propostas são possíveis, que não é algo impossível”, apontou Janete Pietá.
Para a parlamentar, é preciso lutar para que existam mais mulheres no poder, em postos de decisão, buscando a igualdade entre homens e mulheres na sociedade e dentro dos partidos políticos, com respeito à diversidade e contra qualquer forma de discriminação. “Precisamos de políticas para atender a especificidade das mulheres vítimas de violência, e não aceitarmos a ‘cultura de lata’, que desvaloriza as mulheres”, Janete Pietá argumentou: “Nós não somos ‘cachorras” e também não gostamos de apanhar, então, eu não vou dizer ‘bate que eu gosto”, assinalou.
Mais mulheres no poder - A deputada federal Luiza Erundina afirmou que o exercício do poder, tanto no Executivo como no Legislativo, coloca as mulheres em situação de igualdade com os homens. “Por mais solidários, modernos e avançados que sejam os homens, eles não vão abrir mão do poder, muito menos para nós, mulheres. Ainda mais que a cada vaga que for definida a mais para serem ocupadas pelas mulheres, representa uma vaga a menos para os homens”, ressaltou Erundina.
Na avaliação da deputada, ainda vivemos um momento onde a educação é machista e patriarcal, colocando, como se fosse natural, as mulheres em segundo plano. “Ainda somos submissas e não temos apelo pelo poder”. Para Luiza Erundina, é preciso reverter essa lógica. “Precisamos acreditar no poder. Mas, ao chegarmos lá, não podemos fazer igual aos homens, pois, na disputa pelo poder, eles levam mais de 500 anos de vantagem sobre nós”.
Para Erundina, é preciso ter um olhar feminista, pois, “temos muitas conquista, mas ainda precisamos fazer com que elas sejam cumpridas. E há muito ainda a ser feito nesse sentido. Não podemos desistir de nossas bandeiras, de nossas lutas. A luta que se perde é a que deixamos no meio do caminho”.
Para Luiza Erundina, o município é a principal instância de governo. De acordo com a parlamentar, disputar esse poder local é desfrutar de um potencial maior, pois a relação povo governo é a mais direta e a mais próxima. “É importante termos o maior número de prefeitas e vereadoras, mas que sejam guerreiras e lutadoras no sentido de promover a garantia dos direitos das mulheres. Vamos conquistar o poder, pois é ele que transforma a realidade”, enfatizou a deputada federal.
Comunicação SocialSecretaria de Políticas para as Mulheres – SPM
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